domingo, 2 de maio de 2010

Dispensar não é não pensar

Todos os dias antes de acordar, eu me despeço do cara mais incrível da Via Láctea. É verdade que eu não sei muita coisa sobre ele, apesar de vê-lo quase todos os dias (você já sabe, há aqueles dias em que não durmo). Quero dizer, na verdade não sei é dessas coisas que as pessoas costumam perguntar sobre ele - e é por isso que agora faço pirraça e nem conto mais, pra ninguém, hmpf. Mas de resto, sei até bastante coisa. Sei das covinhas de todos os sorrisos dele, e de todas as caras que ele faz, inclusive a de mau, a-ha. Isso é bem muita coisa. Sei também que na hora que toca o meu despertador, todas as manhãs estão ainda escuras, mas claream-se por completo na hora em que eu o desligo, porque o sol nasce bem na minha janela no momento em que eu abro as cortinas do quarto, as 5h da manhã. Depois eu esbarro nas coisas, derrubo no chão, abrindo a boca de sono e achando a maior graça. E tomo banho frio, sentindo calor e dando risada as 5h da manhã. Fico aqui lembrando das as cenas, com tudo o que você disse e o que nem precisou. Revendo na minha mente as fotos dos lugares que a gente viu enquanto eu sonhava.
Sempre depois que eu sonho, você acorda tão na minha mente, e todos os outros parecem tão outros, que nem parece que passei o dia de ontem te dispensando. Já mudei de idéia agora de manhã, mas vou voltar a dispensar hoje. Não é por maldade não, mas eu me conheço. No fundo, eu morro de medo de parar de sonhar.

Um comentário:

  1. Porque a graça é ser um amor platonico!
    =D
    Cada vez um texto melhor que o outro!

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